segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Tá tudo tão normal. Normal?

Como dizia Renato Russo: Mudaram as estações, nada mudou. Mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim, tão diferente.

Eu diria: Mudaram as estações, mas as estações não mudaram. Muita coisa aconteceu e tá tudo assim, igual há uns tempos atrás.

É como se a vida tivesse dado um giro de 180 graus, e voltou ao normal.

Normal? É isso mesmo, hoje amanheceu tudo tão normal. Até ai tudo bem, se eu não tivesse me acostumado com o fora do normal.

Loucura não é?

Pois é! Essa é a vida, te tira o chão, te dá várias responsabilidades, lhe trás novas pessoas, novos obstáculos, novos limites que mexem até com seus princípios e valores. De repente, como se num piscar de olhos, tudo volta ao normal. Mais uma vez digo, normal? O que é normal afinal?

Então pensei no sábado a noite. Coisas estranhas acontecem, poderes subliminares dominaram o espaço, e a energia cibernética do além (nooossa, forte isso heim) vez com que eu e minha amiga Maroca em pleno sábado à noite, víssemos NOVELA.... (imagine um minuto de silêncio onde a mente ainda não acredita no que aconteceu). Volta à pergunta: Eu e a Maroca vendo NOVELA?
É, estranho não. Como estou falando da vida normal. Normal seria se nós duas estivéssemos ouvindo uma boa música, rindo, contando histórias, às vezes, ou melhor, muitas vezes na companhia de amigos... nossa agora levei minhas lembranças na década de 90, onde eu e Maroca nunca, em hipótese alguma sabíamos ao certo o nome, título, de qualquer novela que poderia estar passando na TV. Foi um sábado anormal entre tantas normalidades (que confusão) possíveis na minha atual rotina. Ui! Rotina, essa palavrinha me dá mais arrepios que Freddy Kruger em A Hora Do Pesadelo.

Enfim, hoje Segunda Feira, acordei às 10h30min da manhã. Olhei a calmaria daquele fim de manhã e pensei: Nossa não tenho nada pra fazer. Inacreditável, a poucas segundas feiras atrás eu tinha tanto a fazer em plena segunda, terça, quarta,quinta,sexta,sábado e domingo que não conseguia tempo nem de fazer a unha de uma maneira calma. E hoje, acordei sem absolutamente nada pra fazer. Consegui navegar e visitar blogs de amigos sem pressa. Consegui fazer meus afazeres domésticos sem correria. Consegui almoçar lentamente sem ter horário pra nada.

Consegui ver os peixes na lagoa com todo o tempo do mundo. Consegui assistir o Jornal Hoje! Isso é inacreditável! As noticias pra mim vinham via internet em intervalos de tempo nem sempre possíveis.

Hoje tive tempo de ver meu Muleke vindo da escola. Tive tempo de brincar com meu cachorro. Tive tempo de pensar calmamente em momentos que vivi com aquela pessoa especial, agora um pouco mais distante de mim, que deram tanta alegria. Tive tempo de preparar um café gostoso, fresquinho com pão e queijo sem empurrá-lo garganta abaixo, pois meu tempo era curto.
Quanto tempo não tinha tempo pra mim.

Ao analisar meu trabalho e colegas de profissão vi tudo como era há aproximadamente um ano e meio atrás. Tudo igualzinho. Tudo normal!

Em alguns momentos me senti vazia, inútil, desnecessária. O stress da rotina avassaladora de dias com muito trabalho havia me abandonado. Estava tranqüila, pensando no que fazer com meu tempo livre de agora em diante. Pra ser sincera, é cedo pra pensar nisso, quero aproveitar esses dias pra descansar, pra sonhar, pra olhar o que eu deixei de viver lá trás e fazer o meu hoje muito mais gratificante.

Por quanto tempo a vida deixará meus dias normais? Não sei, mas sei que quero aproveitá-los da maneira mais correta e agradável possível!

Comecei com Renato, termino com Renato: ...Mas nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém, só penso em você, ai então estamos bem.

Cássia Eller na interpretação de Por Enquanto de Renato Russo:





Ótima semana a todos! Beijos!

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