quarta-feira, 12 de novembro de 2008

O inicio de uma história musical III (Magrão)

Continuando minhas histórias, hoje é dia de falar de Magrão! Meu mano Roberto, o rockeiro da família Hreczuck. Lembra que no primeiro capítulo desta história, falei do “Rock” de Celli Campello, mas o primeiro Rock de verdade que ouvi, foi com o Magrão, no LP Isto É Hollywood - O Sucesso! É. Naquela época não era proibida as propagandas de cigarro, sendo assim o Hollywood se tornava uma das marcas mais vendidas. Por quê? Simples! Da uma olhada nesse vídeo que você com certeza vão entender o porquê das vendas exorbitantes e do primeiro Rock que ouvi. O primeiro minutinho deste clipe está com a qualidade sonora um pouco ruim, mas depois quando entra Peter Frampton melhora, e se melhora!!!



Dos LPs Hollywood, conheci Tina Turner, e até o hit tão popular It’s Rainning Man de Weather Girls, claro, entre tantos hits famosos devido a esses comerciais.



Mas, porém, a minha preferida desta época na "herança"musical de Magrão, foi, ou é Kansas - Play The Game Tonight, as vezes tocamos ela no Baú Da Studio!




De Hollywood, lembro do Vinil Brothers In Arms, da guitarra fascinante de Marc Knofler e seu Dire Strais :



Money For Nothing se tornou clássico, assim como Sultans Off Swing que foi gravada em 1972 e fez sucesso apenas na década de 80 como carro chefe da novela Brilhante.
O Magrão ia ao delírio ao som dessas “guitas”. Ficava impressionada quando ele cantava certinho, e nos braços simulava os movimentos de um bom guitarrista. Como os adolescentes se encantam por qualquer novidade não é? (risos). Mas o LP azul de Dire Strais foi o primeiro álbum rock que “herdei” de Magrão e com muito orgulho.
Outra “maluquice” que Magrão me apresentou, foi Sigue Sigue Sputnik. Dá uma olhada na mistureba de rock e dance que os caras inventaram:



Claro que conheci muita coisa com ele, lembro ainda de Pink Floyd, Iron Maiden (que achava pesado demais), Bon Jovi e …




…Living On A Prayer, além de You Give Love A Bad Name entre outras. Hoje o bonzinho Jon Bon Jovi tá bem mais light.

Às vezes eu me sentia cansada de tanto rock. Quando ele (o Magrão) era o responsável pelos Lp’s na radiola, minha mãe fechava a porta da cozinha, ou ia para o quintal. Por que será??

O estilo rock do Magrão ficou comigo, mas hoje prefiro The Doors, Janis Joplin, Rush, Pink Floyd, Deep Purple, Jhetro Thull, Led Zeppelin entre outros, ou seja, os rocks mais antiguinhos e um pouco mais leves.

Magrão era companheiro do pai Zeca. Companheiro de pescaria, de trabalho. Seguiu os passos do pai com tanta dedicação que se tornou um ferroviário também. Nos dias atuais gosta de uma pinguinha (cervejinha), não dispensa uma pescaria, uma mentirinha bem contada e causos mirabolantes que ele inventa de uma mente um tanto criativa. Magrão é um Hreczuck nato, original ao extremo, e até hoje quando vou visitá-lo em Mafra (o único irmão que ficou na terrinha natal), ainda vejo no canto de sua área de baguncinhas, um escovão, palha de aço e caixa de lenha (aquelas usadas ao lado do fogão a lenha). Nossa casa que o tempo e as enchentes de 84 e 90 destruíram deixou para ele entre muitas sobras, os vitrôs que hoje ocupam sua cozinha e sala. Magrão é Magrão o resto é enganação... (risos)!

Mas, apesar do rock, Magrão herdeou algo mais de Pai Zeca. Herdou o gosto pelo sertanejo também e o Menino Da Porteira de Sergio Reis:



A saudade apertou agora! Uma lagriminha correu o canto da face, mas uma lagriminha boa, nada de tristezas não é, até por que no próximo post no meu calabouço musical, herdado de meus irmãos vou falar da mais sensível, a mais tímida e mais surpreendente Hreczuck. A Bina!!!!

Até lá!

Beijos.

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