segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O inicio de uma história musical !

Dizem que quem vive de passado é museu. Em partes existe certa verdade nessa frase, porém, quem somos nós sem nosso passado?
Cada pessoa, cada personalidade, com seus princípios, valores, razões e emoções, tem um história. Gostos e estilos. Tudo se forma lentamente, conforme os dias passam aprendemos mais, ou até deixamos de aprender.
Estou falando tudo isso, por que a partir de hoje farei uma pequena homenagem ao meu passado musical. De onde vem este gosto eclético pela música? Por que a musica sempre foi muito presente em minha vida?

Voltando a falar de homenagem, como meu assunto é musica, revirei meu baú de lembranças familiares e descobri que cada irmão, mãe e meu saudoso pai tiveram uma grande influencia na minha “vida musical”, e isso continua, por que hoje convivo também com a nova geração de “Hreczucks” dispostos a me dar o conhecimento do que é novo, atual e por que não, moderno!

Enfim, historias de músicas, musica na minha história, esse será meu assunto aqui nos próximos dias.

Pra começar, sem alongar demais, falo dos responsáveis pelo mundo obter um ser tão precioso, EU! (risos). Brincadeiras a parte. Então, o que meu saudoso pai Zeca e minha querida mãe Isolde ouviam quando eu era criança, trouxeram hoje, meu gosto por MPB (Chico Buarque, Caetano, Gal, Bethanea, Vinicius, Tom, etc...) e destes os mais atuais, um pouco mais Pops que MPB (Cláudio Zoli, Djavan, Mauricio Manieri, Marisa Monte, Ana Carolina, etc.).

Acredito que a maior inspiração para MPB que tive, foi dele, Luiz Gonzaga. Foi em 1947 que ele gravou Asa Branca. Vamos lembrar um pouquinho:




Perceberam que a gravação exposta no You Tube foi retirada de VHS? Detalhe, a voz de Humberto teixeira lembra a de Nelson Motta, responsável por trazer a tona há algum tempo atrás à lembrança do grande Tim Maia no livro Vale Tudo – O Som E A Fúria de Tim Maia. É, esse primeiro post está só começando e já tem tanta história surgindo, histórias bem antigas...

De MPB, passo para o bom sertanejo (veja bem, falo do BOM SERTANEJO) aqueles que surgiram de modas de viola, de letras românticas, de raiz. Para lembrar o que eu ouvia através de meus pais quando criança, trago em primeiro lugar Cascatinha e Inhana – Meu Primeiro Amor. Como poderia haver tanto talento em tanta simplicidade?
Dá uma espiadinha neste endereço: http://www.youtube.com/watch?v=IikOElPqs1c
Infelizmente não consegui incorporar esse vídeo aqui, mas ele não poderia faltar.

Uma breve história sobre eles: Cascatinha & Inhana foi uma dupla sertaneja formada por Francisco dos Santos e Ana Eufrosina da Silva, marido e mulher juntos formaram uma das principais duplas sertanejas do Brasil. Suas mais famosas músicas foram Índia(1952) que os levou a um grande sucesso, e Colcha de Retalhos(1959).

Meus pais adoravam, e eu, ouvia!

Mas, na moda de viola, nada se compara a lembrança que meu pai Zeca deixou de Tonico e Tinoco , entre Amei, João Palhaço , Tristeza do Jeca entre outras, apresento a saudosa O Rei Do Gado:



E, de palhinha, num vídeo bem curto a própria Tristeza Do Jeca:



Ainda em preto e branco, trás a saudade de Tonico que faleceu em 1994. Tinoco prossegue em seu trabalho, agora ao lado de seu filho Tinoquinho. Tinoco completou 70 anos de carreira em 2006.
Das mais “recentes”, na década de 80 enquanto muitos ouviam Fio De Cabelo, aprendi a ouvir Obras De Poeta, estou falando de Chitãozinho e Xororó meu pai cantava triste essa canção, principalmente depois daquela pinguinha:



Fechando as lembranças do sertanejo (lembro de um LP chamado Sertanejo Bom Demais 80) fecho com Milionário e José Rico e a bonita Passos Na Areia:



É, saudade te tudo isso! Saudade da varanda de nossa casa em Mafra, com as caixas de som ligadas ao bom volume. Alguns vizinhos pediam para ligarmos o som, que na verdade era uma radiola de madeira, as caixas de som eram muito pesadas. Meu pai sentava a varanda, numa cadeira simples, olhava o movimento, cumprimentada os vizinhos com uma paz e tranqüilidade que parece nem existir mais. Enquanto isso minha mãe na cozinha, preparava sempre uma boa comidinha caseira, feita no fogão à lenha com um sabor simplesmente inesquecível! Enfim, Na radiola não havia k7, era apenas o vinil e o rádio onde na época minha irmã mais velha (Carmem) ouvia a Jovem Pan, e com o passar dos anos trouxe também o inicio da Rede Transamérica. Mas isso é assunto para o decorrer destas histórias. Ainda estou nos meus pais, como posso me adiantar até Carmen? .

Retomando. Minha mãe era de família Italiana, e hoje a musica Italiana também aparece no meu jeito eclético em ouvir música, (Exemplo disso está em Eros Ramazotti). Mas naquela época, ainda criança, lembro de minha mãe ouvindo Non Ho Let’a de 1964, dá um olhadinha que meigo:



Viu, tem até tradução. Bonitinho não é? (risos). Minha mãe ouvia muito Ronnie Von, Roberto Leal e um figura que também entrou no coração e gosto da minha irmã Maria (Bina). O figura? Patrick Dimom com sua Pigeon Without A Dove:



É, tinha gosto pra tudo lá em casa. E eu adquiri com o tempo um pouquinho de cada um. Acho que por ser a mais nova das mulheres, ou não! (risos). Da Jovem Guarda, além de Roberto e Erasmo não lembro muita coisa, mas lembro que antes disso, ouvi uma canção que despertou o gostinho pelo rock. O nome da canção era Lacinhos Cor De Rosa, mas o que chamou atenção mesmo foi o Banho De Lua. É. Estou falando da indiscutível Celly Campelo em 1976:



Só de pensar que isso foi o inicio do rock no Brasil percebesse como o mundo dá voltas não é? Mas se bem analisado, ou ouvido, repare que a guitarra e a bateria têm o mesmo estilo das atuais, não mudou quase nada.
Bem, aqui termino sobre o que aprendi, ou, ouvia com meu pai e minha mãe, no próximo post falo de meus irmãos mais velhos, já na década de 80 e com um pezinho na adolescência. Até!

Beijos

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