terça-feira, 11 de novembro de 2008

O Inicio de uma história musical II (Tia Inha)

Continuando minha “jornada musical”. Meus irmãos sempre estiveram comigo, nas horas mais felizes ou tristes que a vida já nos proporcionou, sempre estivemos um do lado do outro. Das épocas em que escalávamos arvores em busca de uma suculenta fruta (nem sempre suculenta ou madura), dos banhos de rio, dos tombos de bicicleta, das idas a escola, ao primeiro “baile”, sempre juntos. Somos em 7 (sete), do mais velho ao mais novo essa é a ordem: Carmem (Tia Inha), Roberto (Magrão), Maria (Bina), Maristela (Tia Teia), Rogério (Zeio), Eu (Tia Dinda) e Cláudio (Topike). Desses 7 irmãos, surgiram os filhos e sobrinhos, que por ironia da vida, 8 desses sobrinhos são tão próximos a nós e a eles mesmos que parece uma continuação do que a gente viveu na infância e adolescência. Dos 7 sobrinhos e filho, essa é a ordem: José (Zé... só podia ser!), Christiano (Chris... ou Cequinho), Luciano (Lu, ou Marlon Brandon e às vezes babinha), Daniel (Dã), Agda (a única sobrinha... Agui, Linda Ineis, e outras mais), Luam (Matheus), Gustavo (Meu Muleke) e o Léo (Léozinho o caçula dos Hreczuck’s).

E agora minha história na musica, ou a musica na minha história vem de cada um deles.

Minha irmã Carmem. A mais velha, o exemplo. Quando era adolescente via nela uma rainha. Bonita, cabelos louros enrolados, cintura fina. As saias de cintura alta, compridas até o joelho, os saltos altos, a força e a educação dela me faziam querer ser igualzinha quando crescesse. Caprichosa, fazia uma faxina em nossa casa em Mafra inacreditável. Na época, no lugar de enceradeira ou aspirador de pó, tínhamos escovão, cera, palha de aço e pano de lã. Mas enquanto a faxina acontecia, naquela radiola que contei no primeiro capítulo, rolavam os mais inesquecíveis sons. Lembro de 03 Lp’s que adora, um era Jovem Pan Vol 2, outro Stars On 45, e o ainda tradicional pelo título, Hit Parede 3.
Deles extrai alguns sons fantásticos, mas como todo mundo tem um pezinho do que era moda, lembro daquela época de... Tcham Tcham TchamTchammmmmmm: dschinghis khan, no “portugues” Denglis Kan.:



Que coisa heim! Mas ganhei um penal bonito na escola por uma apresentação que fiz ao som desta música. Ai, dói um pouco lembrar disso (risos). Mas não para por ai! Tinha o outro sucesso deles: Moskau.



Percebesse que o figura que vem lá do fundo tem um jeitinho meio meigo não acham? Sei lá, meio sensível para a época! E as caretas de macho, hummm, chega a assustar!! Mas convenhamos à performance da dancinha é perfeita. E as caras e bocas ensaiadíssimas (risos)

Palhinhas a parte, fizeram um grande sucesso, e ninguém pode negar!
Será daí o gosto por algumas músicas Dance e House da atualidade? Hummm, ser ou não ser, eis a questão.

De dschinghis, vou a Stars On 45. Nem vem de história porque qualquer trintão, quarentão, cinquentão e por ai vai, ouviu no mínimo um medley do Stars On 45. Nossa, tinha o do ABBA, Beatles e até Rolling Stones e Elvis Presley, mas o meu preferido daquela época, que foi apresentado a mim através da minha irmã Carmen, sem duvida é esse aí: 70 Disco Mix. Pode ver!! Ou melhor, ouvir:



Esse foi o volume 1, o volume 2 tinha no lugar do vermelho, o azul pra destacar. O LP era bonitinho, as faixas gigantescas. Colocava na radiola, com um birinaite (na época se chamava assim para um tipo de pecinha que não se sabia o nome, um trequinho, um esqueminha, sacou?) que deixava até seis (06) Lp’s preparados para tocar. Quando acabava um, a agulha da radiola ia até o fim, voltava e acionava uma “alavanquinha” que jogava o próximo LP e o tocava até o fim, e assim ia. E dizem que os computadores são inteligentes. Hoje pode até existir MP3, MP4 e o escambau, mas nada substitui o barulhinho da agulha no vinil, ou o pulo na música quando havia alguma sujeirinha ou arranhão no LP. Nossa! Aranhão em LP era motivo de muita discussão nessa época. Saudade!

Nessa época, ela tinha também um LP da Banana Power, tentei pesquisar algo na internet mais infelizmente não encontrei nada. Apenas um comercial de uma festa Na Banana Power em São Paulo. Essa fica só na nossa memória, ou em alguma coleção de vinis perdida por esse mundão a fora. A Banana Power fazia tanto sucesso naquela época lá em casa, que no quarto de meus irmãos (mais precisamente no sóte, como dizem nós Mafrenses), havia uma pintura imensa dessa Banana enfeitando o ambiente.

Voltamos à música? Claro! Vejamos, parei no Stars On 45, agora vamos até ABBA. Imortal! O filme deste ano (2008) estrelado por Meryl Strepp intitulado Mamma Mia, na verdade um musical sobre a carreira do ABBA ta sendo cotado para Oscar viu?
Então vamos, da romântica The Winner Takes It All – 1980:



ABBA era ouvido todos os dias lá em casa, tanto pela Carmem como pela Maria, quem não gostava muito era o Roberto, mas, acho que ele se acostumou!
Ainda da “herança”de minha irmã Carmen, volto a falar do LP Joven Pan. Nele haviam hits inesquecíveis realmente, entre eles o balanço de J. Geils Band e seu Freeze Frame:




Sentiu o agito? E o naipe dos carinhas? Surpreendente não? (risos)
Ainda neste LP lembro de Cambodia de Kim Wilde:



Na boa, Kim Wild merece respeito! Mas não parou por ai, lembro da super, hiper, mega romântica Classic de Adrian Gurvitz. Ouve ai, mas não vale chorar:




Era a primeira faixa do lado B. Se viu a cara de tédio do Adrian, e a música (Clássico) se terminar com seu namorado (a), aconselho não ouvir Classic, isso pode resultar em suicídio! (risos).

De Joven Pan, vou ao LP Hit Parede 3, ainda de minha irmã Carmem, esse LP trazia o fera Phill Collins e In The Air Tonight:



Quando essa música tocava, era um silêncio total lá em casa. Phill Collins sempre mereceu respeito, e quando a música levanta na bateria, o som da radiola quase estourava, os ouvidos, por que os equipamentos antigos sempre tiveram mais qualidade que os atuais, sem dúvida!
Nessa hora a faxina da casa estava quase terminada, pensem, eram muitas músicas e 05 quartos, duas salas enormes, mais duas varandas, e demais cômodos para serem passados escovão, pano de lã, cera, e depois o escovão com o pano de lã para deixar o chão brilhando. Hummm lembrei que às vezes, durante a noite minha irmã falava a palavra escovão repetidamente, seria trauma?? (risos).

Voltando ao Hit Parede 3, haviam mais sons de peso. Mas, havia uma muito especial, essa me lembra minha primeira paixão da escola. Nika Costa – Own My On:



Que lindinha não é? A voz, o talento, indiscutível! É inesquecível!

Minha história musical, ou as músicas que aprendi a ouvir com meus irmãos é longa, mas aqui eu encerro a participação da Tia Inha, que por ser a mais velha, também me ensinou muitas coisas, não só em relação à música, mas na vida, na luta por uma vida mais digna! Tia Inha (Carmen) sem dúvida é uma grande mulher!!

Na próxima volto com as músicas que aprendi a ouvir com meu irmão Magrão, e vamos falar de Rock!!!

Beijos!

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